Maioria dos lesados tem atitude conservadora

20-02-2015 12:26

Pessoas mais idosas e conservadores é este o perfil da maioria dos lesados do Banco Espirito Santo. Ricardo Ângelo garantiu na comissão de inquérito que os riscos envolvidos na injeção de dinheiro no BES, eram praticamente nulos.

Bruno Silveira

 

O presidente da Associação de Defesa dos Clientes Bancários lesados, Ricardo Ângelo assumiu perante os deputados presentes que os seus clientes foram enganados. Com a maioria a ter já uma certa idade e uma atitude conservadora, Ricardo Ângelo defende que “as pessoas estão desesperadas porque perderam a poupança de uma vida”. Representando cerca de 500 pessoas, o presidente desta associação irá até às últimas instâncias para recuperar o dinheiro de pessoas “que puseram o dinheiro todo”.

Estatisticamente falando, “entre 60% a 70% dos lesados são reformados”, podendo desta forma indiciar que os gestores de conta do BES, que comercializaram  as ‘Holdings’ do Grupo Espírito Santos, possam ter-se aproveitado da falta de literacia financeira dos lesados para os aliciar a novas formas de aumentar as poupanças. Ricardo Ângelo acredita que o investimento feito não foi ganancioso, pois ninguém iria investir o dinheiro de uma vida numa possível perda  de capital.

Em Coimbra, 50 pessoas que também investiram no papel comercial do BES, protestaram inicialmente junto às instalações do Banco de Portugal, invadindo depois o Novo Banco. Uma manifestação pacífica, no entanto com algumas frases fortes por parte dos manifestantes como “Queremos o nosso dinheiro” e “Não iremos desistir”.

 

Fonte:  "O Observador" e "Lusa"