PUBLIC AND PRIVATE IN MOBILE COMUNICATIONS
Rui Reis m6465
Nos dias 19 e 20 de Março a faculdade de artes e letras da Universidade da Beira Interior (UBI) acolheu um ciclo de conferências sobre os media, particularmente sobre os novos media - os dispositivos mais avançados - e toda a panóplia de novas aplicações de partilha de fotografias que surgem. Uma conferência internacional promovida pelo LabCom da UBI, com as intervenções a serem feitas em Inglês e que em traços gerais se centrou na distinção entre aquilo que é de carácter público e privado, e também a problemática em torno desta distinção que nem sempre pode ter delimitações concretas.
Particularizando as duas intervenções a que assistimos no dia 20 de Março, a primeira exposição esteve a cargo da professora da Universidade Complutense de Madrid, Amparo Lasen. A sua área de trabalho aborda a área sociológica do uso das novas tecnologias nomeadamente dos smartphones. Na argumentação da professora de sociologia foram revelados alguns estudos sobre o uso das famosas “selfies”, e no impacto que estas têm no comportamento humano, na maneira de relacionamento entre pessoas, e sobre a possível violação da intimidade de cada um. Foi apresentado ainda um estudo empírico em que vários dos participantes revelavam as suas expectativas e objectivos no acto de tirar uma “selfie” e as ocasiões em que o faziam. Uma apresentação que não se limitou a estudar apenas os comportamentos nas redes sociais, mas também os comportamentos do utilizador em aplicações como o whatsapp e/ou o snapchat.
Depois de Amparo Lasen e a sua apresentação “Digital Self- Portraits, Exposure and the Modulation of Intimacy” foi a vez de Gaby David intervir. Mestrada em “Fine arts” natural do Uruguai brindou a audiência com uma apresentação sobre o uso da aplicação snapchat. Partindo da observação de um grupo de adolescentes franceses. Dando aqui relevância ao uso do snapchat como uma ferramenta de troca efémera de imagens, em que o imediato é a palavra a assumir. Uma aplicação usada como de matiz privada devido ao tempo limitado em que a fotografia fica visível ao receptor da mesma.
Gaby David abordou ainda um tema crucial na actualidade dos estudos sobre jornalismo, o “O Jornalismo de Cidadão”, apresentando o exemplo dos ataques terroristas ao metro de Londres em que as primeiras imagens a circular foram captadas pelo telemóvel de um cidadão comum, foram ainda referidos ainda outros exemplos, mas a questão está ainda longe de ser consensual.